Esse não dá pra perder!
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"Inédito. Admirável a inspiração e o talento dêsse instrumentista. Compõe com extrema facilidade como provarei em futuras gravações."
"(...) é difícil entender como um autor que já havia apresentado o sofisticado 'Dominante', e logo depois mostraria tantas músicas geniais, fizesse algo tão simplório quanto os dois Maxixes. Ou essas músicas não eram de Pixinguinha, ou ele tentou se aproximar de um formato mais simples e acabou se descaracterizando."
"No caso de Hermínio [Bello de Carvalho], sente-se um desinteresse pelo clima sugerido pela melodia e, por mais alegre que ela seja, o letrista está sempre falando de amores fracassados. Exemplo agudo do descaso de Hermínio com o clima da melodia é o alegre e quase humorístico 'Escorregando', de Nazareth, e cuja letra começa com: 'Meu coração é um manguezal ameaçado de extinção'. Por essas e outras, o Choro cantado tem tantos opositores."Acredito ser muito importante essa parcialidade assumida, pois Henrique Cazes é um músico de peso e cuja obra e trajetória gabaritam a opinar com conhecimento de causa acerca dos diversos assuntos que a história do Choro abrange. Não se tratam de opiniões levianas e o autor passa longe da crítica gratuita, nem tampouco percebe-se nele o desejo de polemizar. Apenas opina sem pudor em certos pontos do texto, o que acho muito válido, como já disse; dar "pitaco" é algo permitido justamente pelo fato do autor ser um grande músico.
"O prefacio que me pediste para teu livro, fica para outra vez. Não te posso ser util nas correcções dos erros, porque só uma revisão geral poderia melhoral-o, o que é impossível, depois de o teres quase prompto."E Catullo prossegue, já preparando o espírito do leitor:
"O leitor, porém, se deliciará com a sua leitura, fechando os olhos aos desmantelos grammaticaes, revivendo comtigo a historia desses chorões, que te ficarão devendo eternamente o serviço que lhes presta, arrancando-os do esquecimento. Só mesmo tu, com o teu grande coração, serias capaz de uma obra tão saudosa para os que, como eu, viveram naqueles tempos de immarcesciveis recordações."A primeira edição saiu em 1936, impressa pela Typografia Glória. A segunda só sairia 32 anos depois, em 1978, pela FUNARTE, em edição fac-similar à primeira, ou seja, uma cópia exata como uma xerox, sem revisões ou correções. As duas edições estão esgotadas, naturalmente, sendo um dos tesouros que colecionadores e pesquisadores buscam pelos sebos. Há exemplares nas principais bibliotecas do Rio, mas não sei se estão disponíveis para consulta, já que se trata de um livro raro. A edição que eu li foi a de 1978; encontrei-a por acaso na biblioteca de um grande amigo, o maestro Isaías Ferreira, o Zazá, e peguei emprestada.