Já na primeira roda de Choro da qual participei, quando estudava na EPM, a cavaquinista Luciana Rabello disse: "Partitura na roda de Choro não dá!", chamando a atenção de alguns alunos que liam as músicas em vez de tocar de cor.
Eu participava de todas as rodas da escola, e cada vez aprendia mais: ia pegando um acorde aqui, outro ali, treinando o ouvido, conhecendo músicas, expandindo meu repertório. Me surpreendi quando certo dia consegui acompanhar ao violão, sem nunca ter ouvido antes, uma valsa que Álvaro Carrilho assobiava em sua flauta. Foi aí que eu entendi as palavras da Luciana, meses antes. "Partitura na roda de Choro não dá!". Se eu estivesse lendo, em vez de tocar de cor, ou tentar acompanhar na hora (como acontecia quase sempre, pois eu não conhecia a
maioria das músicas) nunca poderia ter aprendido tanto quanto aprendi com aqueles mestres.
E foi apanhando na roda que cresceram e aprenderam todos os mestres do Choro, de Joaquim Callado à Maurício Carrilho.
Foi exatamente por isso que me surpreendi ao ver a foto acima ilustrando uma matéria que saiu hoje no caderno Rio Show, do jornal O GLOBO. Assinada por Jefferson Lessa e Lauro Neto, a reportagem fala sobre a Praça São Salvador (no Rio, bairro de Laranjeiras), seus bares, freqüentadores e a roda de Choro que ela abriga todos os domingos.
Na foto, tudo que uma roda de Choro das boas têm direito: violão, violão 7 cordas, cavaquinho, pandeiro, flauta, clarinete, acordeon... mais aí, dividindo o espaço e tapando a visão entre os músicos, estão lá elas, as partituras!
Desde o começo dessa década o Choro vem embalado num vigoroso processo de revitalização e muitos músicos vêm (re)descobrindo e se dedicando ao gênero. No entanto, para que todo esse movimento não seja apenas uma fase e venha a levar, de fato, o Choro de volta ao centro de nosso cenário musical, esses iniciantes precisam ouvir as palavras de Luciana Rabello, uma das maiores mestras da atualidade:
Partitura na roda de choro não dá!
Um vídeo de uma roda no IV Festival Nacional do Choro, em fevereiro 2008, com professores e alunos, e sem partitura.
Dá-lhe Proveta!
Eu participava de todas as rodas da escola, e cada vez aprendia mais: ia pegando um acorde aqui, outro ali, treinando o ouvido, conhecendo músicas, expandindo meu repertório. Me surpreendi quando certo dia consegui acompanhar ao violão, sem nunca ter ouvido antes, uma valsa que Álvaro Carrilho assobiava em sua flauta. Foi aí que eu entendi as palavras da Luciana, meses antes. "Partitura na roda de Choro não dá!". Se eu estivesse lendo, em vez de tocar de cor, ou tentar acompanhar na hora (como acontecia quase sempre, pois eu não conhecia a
maioria das músicas) nunca poderia ter aprendido tanto quanto aprendi com aqueles mestres.
E foi apanhando na roda que cresceram e aprenderam todos os mestres do Choro, de Joaquim Callado à Maurício Carrilho.
Foi exatamente por isso que me surpreendi ao ver a foto acima ilustrando uma matéria que saiu hoje no caderno Rio Show, do jornal O GLOBO. Assinada por Jefferson Lessa e Lauro Neto, a reportagem fala sobre a Praça São Salvador (no Rio, bairro de Laranjeiras), seus bares, freqüentadores e a roda de Choro que ela abriga todos os domingos.
Na foto, tudo que uma roda de Choro das boas têm direito: violão, violão 7 cordas, cavaquinho, pandeiro, flauta, clarinete, acordeon... mais aí, dividindo o espaço e tapando a visão entre os músicos, estão lá elas, as partituras!
Desde o começo dessa década o Choro vem embalado num vigoroso processo de revitalização e muitos músicos vêm (re)descobrindo e se dedicando ao gênero. No entanto, para que todo esse movimento não seja apenas uma fase e venha a levar, de fato, o Choro de volta ao centro de nosso cenário musical, esses iniciantes precisam ouvir as palavras de Luciana Rabello, uma das maiores mestras da atualidade:
Partitura na roda de choro não dá!
Um vídeo de uma roda no IV Festival Nacional do Choro, em fevereiro 2008, com professores e alunos, e sem partitura.
Dá-lhe Proveta!
10 comentários:
Não entendi?!?!?!? Porque te incomoda tanto estudantes de musica tocarem choro lendo partituras? Ah... desculpe! Voce já nasceu sabendo.....
Resposta ao "Anônimo":
não nasci sabendo, e muito do que aprendi se deve ao fato de levar surra na roda de Choro.
Não acho legal a partitura na roda justamente porque corta o que de mais importante ela ensina: o desenvolvimento da percepção, e para os que tocam instrumentos harmônicos, a capacidade de harmonizar automaticamante as músicas que vai ouvindo, mesmo que não as conheça.
Eu toco do jeito que eu quero o importante e ser feliz e fazer as pessoas felizes brincando e com sinceridade, aplique a sua experiência para motiva não para desmotiva as pessoas “você sabe que nos demonstramos apenas nossos lado forte mais o nosso lado fraco tentamos esconde ne não cara ” ta querendo esconde o seu NE?
Cara, entendo que voce queira dar uma "babada" mas sacanear estudantes de musica é demais. Voce ficou famoso no RJ inteiro comparando estudantes com professores e profissionais.
Raciocina, Cara!
abçs com partituras.....kkkkkk
Queridíssimo colega de instrumento, acho importante trabalhar o ouvido e expandir os conhecimentos musicais através deste exercício de escuta. Porém, para um estudante recém-matriculado em um curso "de choro" (e não de música), conhecer o repertório e tocar de ouvido é algo quase impossível.
A Luciana, se me lembro bem, aprendeu porque CRESCEU neste meio e, até onde sei também, ela domina o choro e não música de uma forma geral.
Além disto, eu gostaria de pedir para um chorão tocar bolero, tango ou música árabe de ouvido, sem nunca ter tido experiência neste ambiente antes.
Pois bem, para resumir, acho que você poderia ser mais sutil ao tecer elogios àqueles que dominam a música a ponto de excluir a partitura, ao invés de desmerecer estes estudantes que, com muita boa vontade, acordam cedo num domingo para mais um dia de muita alegria na vida das famílias que freqüentam a praça. E mais, sem cobrar nada por isso. Isso é democracia!!! Pois o que vemos é cada vez mais alunos da EPM tocando na noite a 10, 15 ou 20 reais.
Com ou sem partitura, o importante é se divertir e ser feliz!
Caro colega incomodado.
Nosso grande inspiradior PICHINGUINHA (que Deus o tenha) deve estar dando voltas em seu Túmulo com tamanho preconseito , pois o cara tambem lia partituras até da própria autoria. E S T U D E, a HISTÓRIA DA MUSICA.
Hell HI.... .
Ps: Haja preconceito!!
Pessoal, fico feliz com os comentários, embora 100% sejam totalmente contra o artigo.
Só fico triste porque que a maioria preferiu ficar anônimo; valeu Marcus, valeu Sílvio.
Não se preocupe com nomes mais sim com a sua mentalidade e Ainda não assumiu que sua Edéia e de um jerico? Muitas partituras para você..................valeu cara?
Gostei muito de sua matéria, concordo totalmente com seu ponto de vista, devemos sim excluir as partituras de uma roda de choro. Uma roda de choro com partituras...tá, pode ser legal...mas sempre rola aquele tombo quando vem alguém tocar um choro que não está ali no papel, e aquele frissom...e novamente todo mundo volta pro papel.
Acho engraçado o pessoal cair de pau em cima só por causa deste comentário, criticando tal ponto de vista e atirando ofensas, pedras... é engraçado como uma sugestão pode se tornar ofensiva praqueles que assim o desejam. Se ao invés de ficar atirando ofensas os nossos amigos partituristas tocassem, provavelmente na próxima roda já tirariam algumas das partituras da estante.
Sim, eu amo partituras, mas não na roda de choro.
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